sexta-feira, 18 de junho de 2010



não há surpresas na morte
em si
na morte de ninguém
de nenhum ser no universo
desde o início
avisa de sombra em anúncios
a fúnebre ocorrência
apenas fingimos não ver
ignoramos o idioma letal

todos somos condenados
apenas adiamos nosso entendimento
sobre ausências e despedidas
agarramos a qualquer migalha
qualquer distração nos alimenta

não há regras no jogo contra a morte
sempre vitoriosa
não há ética nem equidade
no olhar da morte não há compaixão
nem esperanças
a morte em si soberana de todo o universo
não há surpresas

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