sábado, 21 de agosto de 2010




os cães de Paraty
são mansos e amáveis espalham-se pelas ruas
a feito da água
dormem no convés dos barcos
na porta das casas

vigiam o tempo ocioso
sem latir
dividem com os pescadores
e turistas
o sabor das caminhadas
após as refeições

são cães de belas plumagens
misturam-se em sossego
com as pedras roliças e gordas das calçadas
dividem com os pássaros
o aconchego mítico da paisagem

assemelham-se a Argus
o espera de Ulisses
os cães de Paraty são amáveis
parecem esculturas a beira do mar

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