domingo, 28 de outubro de 2007



Hiroxima e Nagasáqui
não são rosas do passado
são flores tristes
tatuagens
rubras cicatrizes
no coração da humanidade
cogumelos amarelos e vermelhos
letreiros de medo no céu de chumbo

nos jardins particulares do Planeta incendiado
Auschwitz-Birkenau
ainda vive
assusta homens e mulheres
a todo instnate
dissimulados e noturnos
assumem ares inocentes
enquanto servem o pão ázino
trituram mentes e coraçoes

o tempo da história
é de absoluto presente
a memóira não se apaga
não dorme nunca o pensmaento
sob nuvens de silêncio
a palavra liberdade
em quarta crescente
ilumina de esperança lunar
o porão do mundo

Hiroxima e Nagasáqui
não são rosas do passado
são fendas
insondáveis abismos
do um poema envergonhado
gerações de poetas mortos
no perverso ritual cotidiano
cortinas de fumaça
de um turíbulo apócrifo
a morte especular se admira
nos chips eletrôniocs
no espelho global

Hiroxima e Nagasáqui
a multidão atônita
Auschwitz-Birkenau tentam respirar