sábado, 27 de outubro de 2007



por um instante esqueço
a “Canção do Exílio”
exito entre a palmeira sem folhas
e a palmatória dos sentidos
não mereço tanto desaforo
não me humilho
não me entrego ao desespero
não me omito ante o desterro do sonho
do canto de liberdade da pátria

um sabiá pousa na cabeça
de minha professora
exibe notas dissonantes
entre os cabelos do vento
voam dinossauros de luz
existirá mesmo o paraíso
minha “Terra Brasilis”
pergunta pela janela o horizonte
menino desatento de gramáticas e estilos