sábado, 24 de setembro de 2011


não guardo moedas nem sonhos de infância

ajuntei como pude palavras de céu alvejado

como se ajuntam vacas sagradas

para a ordenha

o deleite da vida na manhã virginal

colecionei lembranças de lençóis ao vento

presos em arame farpado

tudo em caixas de sabão minerva

ao lado de garrafas vazias

pedaços de corda de bacalhau

raramente entro neste quarto de despejo

2 comentários:

na vinha do verso disse...

de vez em quando a gente desaloja lembranças
do quarto que guarda
desejos despejados

chama o caminhão de mudança

rsrsrss

abs João

Wilson Torres Nanini disse...

lençol preso em varal tecido com arame farpado...

fico a pensar sobre as peças-íntimas depois deuma noite de sem-fôlego...

Abraços!