sábado, 13 de novembro de 2010


não te iludas
não te entristeteças por teres poucos amigos
não os conte pelos dedos das mãos
pelas noites passadas juntos no bar da esquina
nem pela mesa farta que oferece aos pássaros
nem pelos livros e discos trocados
amigos chegam sem fazer alarde
sem sinais visíveis
compreendem pelo silêncio
pelo calor da amizade
que mãos e olhos
podem mentir sinceramente
podem ler e assinar tua sentença de morte
nem sempre um beijo na face
um aperto de mão
quer dizer conte comigo
deixa que teu coraçao desinteressado celebre
na dor e no prazer
o bom vinho da amizade

não te iludas meu amigo

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