sábado, 27 de agosto de 2011


é só estorvo e fardo
o que guardo a sete chaves
em lugar secreto
livros empoeirados
recibos velhos
cartas de amor sem data
diplomas remendados com durex

mas o que sou
de mim não se perde por inveja
no supérfluo areal dos desejos
absorvo em silêncio


3 comentários:

na vinha do verso disse...

poema silente

belo João
abs

Maria Paula Alvim disse...

Muito bonito, João, como de resto tudo que vc escreve

Andrea de Godoy Neto disse...

João, tua poesia fala à minha alma, é como se depois de cada verso eu ouvisse o silêncio do mundo.

não vou tentar explicar, porque aquilo que encaixa em nós não carece de explicação...

virei fã!
um abraço