segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

debaixo do guarda-chuva
o homem não tem rosto
as penas os pés se movem
sobre o paralelepípedo

seria um homem comum
a sombra que se move
debaixo do guarda-chuva

seria algum doutor
ou simplesmente mais um
o vulto que se move
debaixo do guarda-chuva

os sapatos pretos não deixam marcas
de vez em quando os braços
pedaços dr corpo se revelam

pelo ritmo dos passos
o homem tem pressa
de não se ser feliz
de não se chegar a lugar nenhum

um homem sem janelas passa
diante de meu nariz
debaixo do guarda-chuva

Nenhum comentário: