domingo, 23 de setembro de 2007








a arquitetura do fogo


a morte exibe sua musculatura de ira
sobre os “Tristes Horizontes”

setenta línguas de fogo
setecentas mãos ociosas
sete mil cabeças de medo
seu intestino sem fundo
sua fome de tudo
seu coração em pânico
seu insidioso ofício
sua boca sem futuro
sua ironia
seus infinitos pés sem rumo
suas geografias de susto
seus vaticínios e sortilégios