os homens estão dormindo
de um sono confortável e triste
mesmo depois do sol desperto
queimar de fulgor a cortina do quarto
suas fatigadas retinas
mesmo quando dirigem
seus automóveis velozes
e automaticamente buzinam
estão dormindo
um cão sem dono
permanece esticado no asfalto
um mendigo vasculha ao lata de lixo
a caixa vazia de sonhos
um leiteiro anacrônico
anuncia o branco da manhã
a oficina enfurecida
se agita
grita
se irrita
a cidade acorda
sem dúvida dividida
sob o invisível signo de som
da anti-sinfonia eletrônica
à vida à venda a preço de banana
a morte em suaves prestações
meninas feito bonecas
se oferecem na vitrine das esquinas
o supremo enigma continua vivo
ninguém decifra
os homens estão dormindo
de um sono confortável e triste
mesmo depois do sol desperto
queimar de fulgor a cortina do quarto
suas fatigadas retinas
mesmo quando dirigem
seus automóveis velozes
e automaticamente buzinam
estão dormindo
um cão sem dono
permanece esticado no asfalto
um mendigo vasculha ao lata de lixo
a caixa vazia de sonhos
um leiteiro anacrônico
anuncia o branco da manhã
a oficina enfurecida
se agita
grita
se irrita
a cidade acorda
sem dúvida dividida
sob o invisível signo de som
da anti-sinfonia eletrônica
à vida à venda a preço de banana
a morte em suaves prestações
meninas feito bonecas
se oferecem na vitrine das esquinas
o supremo enigma continua vivo
ninguém decifra
os homens estão dormindo