terça-feira, 23 de dezembro de 2008
tudo em Itabira
respira a Drummond
a ruína do Pico do Cauê
sob a neblina de néon
a pedra no meio caminho
o minério de ferro
os portões de ferro
a estrada de ferro
a areia aurífera nos pulmões
o poeta sozinho
mais que Robson Crusoé
os passos aflitos de José
o menino de bicicleta
o som antigo da cidade
o souvenir nas butiques
a descompostura dos turistas
a memória dos mortos
o museu de eternas palavras
a musculatura da cidade cansada
o culto póstumo ao seu nome
a indiferença dos homens
ao sol de cada manhã
em Itabira tudo respira a Drummond