sábado, 3 de janeiro de 2009

virtual

mal surge no vazio
se oferece
olhos e dedos
bocas e dentes
cores e sons
entra pelos poros
some nos cabelos
letras sensuais bebem os lábios
sob luz de pedra
surge na tela branca
poesia célere desaparece
falsos aplausos
breves apelos

o poema virtual permanece
preso entre os nós da rede

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