para o desconhecido
me dirijo
só
ou mal acompanhado
nada exijo da viagem
dos cosmonautas sem identidade
erijo no percurso
roteiros improváveis e obscuros
escrevo em línguas mortas
com palavras e rejeitos
poemas inconclusos
atravesso manhãs de neon
o céu furo com os olhos
com bazucas e oboés
ao som de guitarras e tambores
toda viagem é uma guerra muito particular
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