nada além do tempo
alheio ou único
bonito ou feio
ao olho nu do outro
me bifurco
tudo por acaso se mistura
se instaura sem receio
meio aura de dragão
meio asa de urubu
cortado ao meio
alfabeto em pânico
cavalo e vento
galope e freio
tudo se afigura incerto
estranho e cru
conforme o pacto
o peso
o pathos
o espasmo do verbo
desatento
o cozimento do asno
do pensamento obeso
tudo mundo de espanto
concreto sol azul
no firmamento fora do prumo
tudo em luta
no pântano do espelho se dilui
Um comentário:
todos queremos o que fica entre todos os extremos opostos, e, então, nos bifurcamos de peito aberto e alma errante.
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