terça-feira, 13 de junho de 2006

Eu não Sabia de Nada
Saga de presidente brasileiro, Babalulu, em busca
de sua identidade perdida além do Planalto Central.



joão evangelista rodrigues





















Abril de 2006.








Prefacinho Inconformado




Este espaço é reservado ao leitor.Aqui ele pode escrever todo o que pensa sobre a política brasileira e seus infiéis protagonistas. Procure lembrar de todo o que o incomoda na história do Brasil, desde o achametno de Cabral até hoje. Triste história bela, esta a nossa.Cada leitor/eleitor poderá redigir seu “Prefacinho Inconformado”, ao modo de Mário de Andrade e, depois do desabafo, botar a cabeça pra funcionar.Coloque a mão na massa para
Transformar a face de nosso Pais. O Brasil não é mais o páis do futuro. É um lugar privilegiado do Planeta, que, infelizmente, está sendo saqueado desde as suas origens. Por tudo o que é, por tudo o que já deixou de ser. Pelo que poderemos fazer deste país, p Brasil, ainda, merece seu voto confiança. Vote no Brasil. Fique de olho.Quem sabe, faz aagora. Não existe melhor opção.
O autor.




























Cesse tudo o que as múmias
Fofocam lá no Planalto,
Em nome de todas as lulas,
Das traíras e dos ratos,
Eu quero contar ligeiro
Com palavra bem rimada
Tudo o que sei e ouvi
Da zebra, do javali,
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lulu ,não sei de nada.
I
Seu Lulu peço licença.
Não não vou fazer propaganda.
Não vou comprar a imprensa.
Não me olhe assim de banda.
Não me interessa dinheiro,
Pois, grana vira enxurrada.
Se seu governo está fraco,
Não dá pra tampar buraco.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

II
Que negócio mais antigo
Roubar em nome do povo,
Zé Pirceu, meu caro amigo,
Invente golpe mais novo,
Mais sutil e mais certeiro.
Use luvas, camarada.
Não me coloque em perigo,
Planeje bem o que digo,
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.

III
Fale com Bidu Mendonça,
Explique ao Marques Farelo,
Fique de olho na onça,
Não saia do cemitério.
Ninguém vive sem dinheiro.
Sem óleo a geringonça,
Somente meus eleitores,
Insensatos sonhadores,
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.
IV
Não sei o que acontece
Debaixo do meu nariz.
Nossa gente não merece
Viver assim ,infeliz.
Eu,Lula, já fui torneiro,
Operário da pesada,
Agora sou presidente!
Demorou ,mas finalmente,
Juro por Deus ,companheiro
Eu ,Lulu, não sei de nada.

V
Como saber poderia?
Nem estudar, estudei.
Praguejava noite e dia
Até sonhava ser rei.
Fingia ser guerrilheiro,
Gostava de marmelada,
Ter palacete em Brasília,
Pra toda a minha família!
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.


VI

Nada sei sobre as estradas,
Que mais parecem crateras.
Florestas incendiadas,
Queimando homens e feras.
Já andei o mundo inteiro,
Conheci gente afamada,
China, Japão ,Inglaterra.
Quem muito fala ,mais erra.
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.
VII
Os traficantes na rua,
A noite cortada a bala,
Corrupção continua,
É assim que a mídia fala.
O túnel virou bueiro.
Uma bagunça danada!
Até o Banco Central
Passou por esse canal.
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu ,não sei de nada.

VIII
Eu não sei como o Brasil
Ainda tem chuva e sol,
Rio grande e céu de anil,
Carnaval e futebol!
Um povo bom e festeiro.
Vê se decifra a charada.
Agora eu sou vidraça.
Eu não boto o meu de graça.
Juro por Deus, companheiro.
Eu ,Lulu, não sei de nada.

IX
Sou amigo de Fidel,
De Hugo Chaves também.
Eu quero sopa no mel,
Seja por mal ou por bem.
Escuta essa ,parceiro,
A data já está marcada.
Não tiro a faixa do peito,
Eu quero ser reeleito!
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.

X
Não sei, nem quero saber,
Se o povo é consciente.
Meu negócio é poder,
Permanecer presidente.
Eu falo por meu travesseiro.
A vida é mesmo engraçada!
Enquanto sigo meu rumo,
O Peteco entra no fumo.
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.

XI
Veja o Palot, faz dó.
Ver o menino avexado,
Depois de dar tanto nó,
Saiu do trono apertado.
E o fato verdadeiro,
Até parece piada,
Pra por manteiga no pão,
Há quem mate o irmão,
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lul, não sei de nada.

XII
Não sei o que me oferece
O coração do congresso.
Todo o país estremece.
Quero ordem e regresso!
Sou Presi, não sou roqueiro,
Minha nobre deputada.
Enquanto rebola a dita,
Só o voto me excita.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.


XIII
Nem o BBB eu vi.
Não vi e já não gostei.
Mas por tudo o que não li,
Por tudo o que já engordei,
Eu fico meio cabreiro.
Pobreza é barca furada.
Se ligue no BBP.
Não vote mais no PT.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XIV
Só sei que nada me espanta
De onde vim ao Planalto.
Que um valor se alevanta,
Mais nobre, muito mais alto.
O cordel é mensageiro
Viva a Pátria liberada.
Sem miséria e sem tristeza.
Com livro e pão sobre a mesa.
Juro por Deus, companheiro.
Eu Lulu não sei de nada.

XV
Se soubesse, choraria..
Faria greve de fome..
Pro nordeste voltaria..
Viraria lobisomem.
Assustaria a parteira,
Minha sogra aperreada.
Com o tal de Mensalão
Assusto até Lampião
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.


XVI
Se o Lulu de nada sabe,
Como pode governar.
Não pode a ponta do sabre
Um diamante furar.
Quem nasceu pra ser toureiro
Leva do touro a chifrada.
Lulu lá na presidência
Não tem fim a decadência.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada

XVII
Pela infância abandonada,
Pela Cidade de Deus,
Pelos Falcões da calçada,
Pelos meus e pelos seus,
Por todos nós ,brasileiros,
Ta na hora da virada.
O seu voto vai vencer,
Põe Peteco pra correr!
Juro por Deus ,companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XVIII
O Lulu não ta com nada.
Tudo puta enganação.
Se a cuca fica inchada
Na hora da votação.
Dê seu voto bem matreiro
Peteco é carta marcada
Vote na cidadania
Na cultura e na poesia
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XIX
Eu nunca vi a tal lista.
Nunca li e não lerei.
Eu detesto comunista.
Já disse: quero ser rei.
Já cansei de ser torneiro.
De verdade não sei nada,
Não sei nem ser brasileiro
Corintiano ou porteiro
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XX
Vamos ganhar a parada!!!
Vencer a Copa do mundo.
Ver a Nação renovada.
Com sentimento profundo.
Chega de ser presepeiro
A onça aqui é pintada.
Pelo rebolo da dona.
O Congresso virou zona.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.

XXI
Aqui bunda é remelexo
Pura paixão nacional
O peão via pegar trecho,
Voltar pra terra Natal.
Vou a trás de um traseiro,
Bundinha bem modelada.
Quero ser um membro ativo
E não mero executivo.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.


XXII
A estrela do Peteco
Está um "pouco" apagada.
A gente já não a vê,
Mesmo em noite fechada,
Quando o céu é um canteiro,
Estrela fica humilhada...
O vermelho deu bandeira,
Perdeu a cor verdadeira.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.

XXIII
Luto com letra e espada.
Me estico , atiço e panfleto.
Grito, xingo dou risada.
Meu voto é claro e direto.
Não é samba em fevereiro,
Nem fantasia rasgada;
O povo não quer assalto.
Nem Peteco no Planalto.
Juro por Deus, companheiro,
Eu lulu não sei de nada.

XXIV
Não é só questão de briga,
É questão de vida ou morte.
Não olhe só pra barriga,
Olhe pro sul e por norte.
Olhe para o mundo inteiro,
Pra terra globalizada.
Comece em Minas Gerais,
Mude agora ou nunca mais.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.



XXV
Luto com rima encantada.
Não com feitiço ou macumba;
A Nação organizada
Com voz mais forte retumba.
Não quero ser conselheiro
A palavra foi lançada.
Quem quiser pegue a mensagem,
Lute com raça e coragem.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.

XXVI
Sai ministro, cai sinistro.
Parece até dominó.
Tudo já era previsto.
Pelos chifres de Chicó.
Chicó não é feiticeiro,
É coisa mais complicada;
Ele é cria de um cabrito
Com uma vaca do Egito
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XXVII
Muito obrigado, leitor,
Pela sua companhia,
Por degustar o sabor
Natural da poesia.
Sou um poeta mineiro,
Não gosto de rima errada.
Se o cordel é do nordeste,
A eleição é um teste.
Juro por Deus ,companheiro,
Eu Lulu, na sei de nada.


XXVIII

A novela não tem fim...
Ainda bem que não tem.
A mula come o jardim.
O jeguinho diz amém,
Pelo santo milagreiro.
Pelo estouro da boiada.
Eu termino este cordel.
Pois não tenho mais papel.
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.

XXIX

O resto você imagina.
Você vê pelos jornais.
Parece Macunaíma,
Queimando os canaviais.
Só se vê o nevoeiro
Do Brasil na encruzilhada;
O eleitor cidadão
Não cai mais nesta não.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.


XXX
Imagine se soubesse!
Pelas chagas de Jesus,
Ao povo o que merece,
Não, porém, ao que faz jus.
São trinta e três escudeiros,
E a raça toda cercada,
É um triste samba de enredo.
Ressurreição e degredo.
Juro por Deus, companheiro.
Eu Lulu não sei de nada.

XXXI

Sei de tudo o que se passa
Debaixo dos bastidores.
Desde a origem da raça.
Aos modernos delatores.
Ladrões, piratas, herdeiros,
Bandeirantes de fachada.
Devotos bem disfarçados
Todos humanos, coitados.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XXXII
É a maior baixaria.
Haja de ac aço culhoes.
Ali Babá choraria
Com tais quarenta ladrões.
Mais que covil, é vespeiro.
Matilha., Bando.Manada.
É a procuradoria
Que proclama a porcaria.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.

XXXIII
Moro no Bairro Brasília
Bem longe da Capital
Vem de lá o que humilha
Apesar de nome igual
O poeta está banzeiro.
Está de cuca trincada.
Pela honra do Brasil
Quer ver o fim do covil.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada. ,


XXXIV
Passe pra frente o protesto
Contra toda a impunidade.
Sou poeta e manifesto
Em nome da liberdade.
Antes, senti primeiro
A nação desrespeitada.
Escrevo de modo franco.
Coloco o bicho no tronco.
Juro por Deus, companheiro.
Eu Lulu não sei de nada.

XXXV
Passe pra frente meus versos
De sotaque popular.
Sejam santos ou perversos,
Servem pro povo acordar.
De Assaré eu sou herdeiro
Patativa é madrugada;
Viva o povo brasileiro..
Poetas do mundo inteiro.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XXXVI
Não sou dono da verdade.
Nem pretendo ser herói.
Leio a realidade.
Sei o quanto ela dói.
Dói aqui e no estrangeiro.
Essa dor é mascarada.
Se não fosse a poesia,
Ninguém a suportaria.
Só Lulu,meus companheiros,
É feliz, não sabe nada.




XXXVII
O julgamento é do povo
Ele é que sente na pele
Precisa de algo novo
Que só o voto consegue
Só o povo é mensageiro
Da verdade libertada
Precisa de pão e verso
Um lugar no universo
Eu juro, meus companheiros,
Só Lulu não sabe nada


XXXVIII Eu não Sabia de Nada
Saga de presidente brasileiro, Babalulu, em busca
de sua identidade perdida além do Planalto Central.



joão evangelista rodrigues





















Abril de 2006.








Prefacinho Inconformado




Este espaço é reservado ao leitor.Aqui ele pode escrever todo o que pensa sobre a política brasileira e seus infiéis protagonistas. Procure lembrar de todo o que o incomoda na história do Brasil, desde o achametno de Cabral até hoje. Triste história bela, esta a nossa.Cada leitor/eleitor poderá redigir seu “Prefacinho Inconformado”, ao modo de Mário de Andrade e, depois do desabafo, botar a cabeça pra funcionar.Coloque a mão na massa para
Transformar a face de nosso Pais. O Brasil não é mais o páis do futuro. É um lugar privilegiado do Planeta, que, infelizmente, está sendo saqueado desde as suas origens. Por tudo o que é, por tudo o que já deixou de ser. Pelo que poderemos fazer deste país, p Brasil, ainda, merece seu voto confiança. Vote no Brasil. Fique de olho.Quem sabe, faz aagora. Não existe melhor opção.
O autor.




























Cesse tudo o que as múmias
Fofocam lá no Planalto,
Em nome de todas as lulas,
Das traíras e dos ratos,
Eu quero contar ligeiro
Com palavra bem rimada
Tudo o que sei e ouvi
Da zebra, do javali,
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lulu ,não sei de nada.
I
Seu Lulu peço licença.
Não não vou fazer propaganda.
Não vou comprar a imprensa.
Não me olhe assim de banda.
Não me interessa dinheiro,
Pois, grana vira enxurrada.
Se seu governo está fraco,
Não dá pra tampar buraco.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

II
Que negócio mais antigo
Roubar em nome do povo,
Zé Pirceu, meu caro amigo,
Invente golpe mais novo,
Mais sutil e mais certeiro.
Use luvas, camarada.
Não me coloque em perigo,
Planeje bem o que digo,
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.

III
Fale com Bidu Mendonça,
Explique ao Marques Farelo,
Fique de olho na onça,
Não saia do cemitério.
Ninguém vive sem dinheiro.
Sem óleo a geringonça,
Somente meus eleitores,
Insensatos sonhadores,
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.
IV
Não sei o que acontece
Debaixo do meu nariz.
Nossa gente não merece
Viver assim ,infeliz.
Eu,Lula, já fui torneiro,
Operário da pesada,
Agora sou presidente!
Demorou ,mas finalmente,
Juro por Deus ,companheiro
Eu ,Lulu, não sei de nada.

V
Como saber poderia?
Nem estudar, estudei.
Praguejava noite e dia
Até sonhava ser rei.
Fingia ser guerrilheiro,
Gostava de marmelada,
Ter palacete em Brasília,
Pra toda a minha família!
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.


VI

Nada sei sobre as estradas,
Que mais parecem crateras.
Florestas incendiadas,
Queimando homens e feras.
Já andei o mundo inteiro,
Conheci gente afamada,
China, Japão ,Inglaterra.
Quem muito fala ,mais erra.
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.
VII
Os traficantes na rua,
A noite cortada a bala,
Corrupção continua,
É assim que a mídia fala.
O túnel virou bueiro.
Uma bagunça danada!
Até o Banco Central
Passou por esse canal.
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu ,não sei de nada.

VIII
Eu não sei como o Brasil
Ainda tem chuva e sol,
Rio grande e céu de anil,
Carnaval e futebol!
Um povo bom e festeiro.
Vê se decifra a charada.
Agora eu sou vidraça.
Eu não boto o meu de graça.
Juro por Deus, companheiro.
Eu ,Lulu, não sei de nada.

IX
Sou amigo de Fidel,
De Hugo Chaves também.
Eu quero sopa no mel,
Seja por mal ou por bem.
Escuta essa ,parceiro,
A data já está marcada.
Não tiro a faixa do peito,
Eu quero ser reeleito!
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.

X
Não sei, nem quero saber,
Se o povo é consciente.
Meu negócio é poder,
Permanecer presidente.
Eu falo por meu travesseiro.
A vida é mesmo engraçada!
Enquanto sigo meu rumo,
O Peteco entra no fumo.
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.

XI
Veja o Palot, faz dó.
Ver o menino avexado,
Depois de dar tanto nó,
Saiu do trono apertado.
E o fato verdadeiro,
Até parece piada,
Pra por manteiga no pão,
Há quem mate o irmão,
Juro por Deus, companheiro,
Eu, Lul, não sei de nada.

XII
Não sei o que me oferece
O coração do congresso.
Todo o país estremece.
Quero ordem e regresso!
Sou Presi, não sou roqueiro,
Minha nobre deputada.
Enquanto rebola a dita,
Só o voto me excita.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.


XIII
Nem o BBB eu vi.
Não vi e já não gostei.
Mas por tudo o que não li,
Por tudo o que já engordei,
Eu fico meio cabreiro.
Pobreza é barca furada.
Se ligue no BBP.
Não vote mais no PT.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XIV
Só sei que nada me espanta
De onde vim ao Planalto.
Que um valor se alevanta,
Mais nobre, muito mais alto.
O cordel é mensageiro
Viva a Pátria liberada.
Sem miséria e sem tristeza.
Com livro e pão sobre a mesa.
Juro por Deus, companheiro.
Eu Lulu não sei de nada.

XV
Se soubesse, choraria..
Faria greve de fome..
Pro nordeste voltaria..
Viraria lobisomem.
Assustaria a parteira,
Minha sogra aperreada.
Com o tal de Mensalão
Assusto até Lampião
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.


XVI
Se o Lulu de nada sabe,
Como pode governar.
Não pode a ponta do sabre
Um diamante furar.
Quem nasceu pra ser toureiro
Leva do touro a chifrada.
Lulu lá na presidência
Não tem fim a decadência.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada

XVII
Pela infância abandonada,
Pela Cidade de Deus,
Pelos Falcões da calçada,
Pelos meus e pelos seus,
Por todos nós ,brasileiros,
Ta na hora da virada.
O seu voto vai vencer,
Põe Peteco pra correr!
Juro por Deus ,companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XVIII
O Lulu não ta com nada.
Tudo puta enganação.
Se a cuca fica inchada
Na hora da votação.
Dê seu voto bem matreiro
Peteco é carta marcada
Vote na cidadania
Na cultura e na poesia
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XIX
Eu nunca vi a tal lista.
Nunca li e não lerei.
Eu detesto comunista.
Já disse: quero ser rei.
Já cansei de ser torneiro.
De verdade não sei nada,
Não sei nem ser brasileiro
Corintiano ou porteiro
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XX
Vamos ganhar a parada!!!
Vencer a Copa do mundo.
Ver a Nação renovada.
Com sentimento profundo.
Chega de ser presepeiro
A onça aqui é pintada.
Pelo rebolo da dona.
O Congresso virou zona.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.

XXI
Aqui bunda é remelexo
Pura paixão nacional
O peão via pegar trecho,
Voltar pra terra Natal.
Vou a trás de um traseiro,
Bundinha bem modelada.
Quero ser um membro ativo
E não mero executivo.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.


XXII
A estrela do Peteco
Está um "pouco" apagada.
A gente já não a vê,
Mesmo em noite fechada,
Quando o céu é um canteiro,
Estrela fica humilhada...
O vermelho deu bandeira,
Perdeu a cor verdadeira.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.

XXIII
Luto com letra e espada.
Me estico , atiço e panfleto.
Grito, xingo dou risada.
Meu voto é claro e direto.
Não é samba em fevereiro,
Nem fantasia rasgada;
O povo não quer assalto.
Nem Peteco no Planalto.
Juro por Deus, companheiro,
Eu lulu não sei de nada.

XXIV
Não é só questão de briga,
É questão de vida ou morte.
Não olhe só pra barriga,
Olhe pro sul e por norte.
Olhe para o mundo inteiro,
Pra terra globalizada.
Comece em Minas Gerais,
Mude agora ou nunca mais.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.



XXV
Luto com rima encantada.
Não com feitiço ou macumba;
A Nação organizada
Com voz mais forte retumba.
Não quero ser conselheiro
A palavra foi lançada.
Quem quiser pegue a mensagem,
Lute com raça e coragem.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.

XXVI
Sai ministro, cai sinistro.
Parece até dominó.
Tudo já era previsto.
Pelos chifres de Chicó.
Chicó não é feiticeiro,
É coisa mais complicada;
Ele é cria de um cabrito
Com uma vaca do Egito
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XXVII
Muito obrigado, leitor,
Pela sua companhia,
Por degustar o sabor
Natural da poesia.
Sou um poeta mineiro,
Não gosto de rima errada.
Se o cordel é do nordeste,
A eleição é um teste.
Juro por Deus ,companheiro,
Eu Lulu, na sei de nada.


XXVIII

A novela não tem fim...
Ainda bem que não tem.
A mula come o jardim.
O jeguinho diz amém,
Pelo santo milagreiro.
Pelo estouro da boiada.
Eu termino este cordel.
Pois não tenho mais papel.
Juro por Deus ,companheiro,
Eu, Lulu, não sei de nada.

XXIX

O resto você imagina.
Você vê pelos jornais.
Parece Macunaíma,
Queimando os canaviais.
Só se vê o nevoeiro
Do Brasil na encruzilhada;
O eleitor cidadão
Não cai mais nesta não.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.


XXX
Imagine se soubesse!
Pelas chagas de Jesus,
Ao povo o que merece,
Não, porém, ao que faz jus.
São trinta e três escudeiros,
E a raça toda cercada,
É um triste samba de enredo.
Ressurreição e degredo.
Juro por Deus, companheiro.
Eu Lulu não sei de nada.

XXXI

Sei de tudo o que se passa
Debaixo dos bastidores.
Desde a origem da raça.
Aos modernos delatores.
Ladrões, piratas, herdeiros,
Bandeirantes de fachada.
Devotos bem disfarçados
Todos humanos, coitados.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XXXII
É a maior baixaria.
Haja de ac aço culhoes.
Ali Babá choraria
Com tais quarenta ladrões.
Mais que covil, é vespeiro.
Matilha., Bando.Manada.
É a procuradoria
Que proclama a porcaria.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada.

XXXIII
Moro no Bairro Brasília
Bem longe da Capital
Vem de lá o que humilha
Apesar de nome igual
O poeta está banzeiro.
Está de cuca trincada.
Pela honra do Brasil
Quer ver o fim do covil.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu, não sei de nada. ,


XXXIV
Passe pra frente o protesto
Contra toda a impunidade.
Sou poeta e manifesto
Em nome da liberdade.
Antes, senti primeiro
A nação desrespeitada.
Escrevo de modo franco.
Coloco o bicho no tronco.
Juro por Deus, companheiro.
Eu Lulu não sei de nada.

XXXV
Passe pra frente meus versos
De sotaque popular.
Sejam santos ou perversos,
Servem pro povo acordar.
De Assaré eu sou herdeiro
Patativa é madrugada;
Viva o povo brasileiro..
Poetas do mundo inteiro.
Juro por Deus, companheiro,
Eu Lulu não sei de nada.

XXXVI
Não sou dono da verdade.
Nem pretendo ser herói.
Leio a realidade.
Sei o quanto ela dói.
Dói aqui e no estrangeiro.
Essa dor é mascarada.
Se não fosse a poesia,
Ninguém a suportaria.
Só Lulu,meus companheiros,
É feliz, não sabe nada.




XXXVII
O julgamento é do povo
Ele é que sente na pele
Precisa de algo novo
Que só o voto consegue
Só o povo é mensageiro
Da verdade libertada
Precisa de pão e verso
Um lugar no universo
Eu juro, meus companheiros,
Só Lulu não sabe nada


XXXVIII
Não sou dono da verdade.
Nem pretendo ser herói.
Leio a realidade.
Sei o quanto ela dói.
Dói aqui e no estrangeiro.
Essa dor é mascarada.
Se não fosse a poesia,
Ninguém a suportaria.
Só Lulu,meus companheiros,
É feliz, não sabe nada.

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Não sou dono da verdade.
Nem pretendo ser herói.
Leio a realidade.
Sei o quanto ela dói.
Dói aqui e no estrangeiro.
Essa dor é mascarada.
Se não fosse a poesia,
Ninguém a suportaria.
Só Lulu,meus companheiros,
É feliz, não sabe nada.

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