sábado, 24 de junho de 2006







o canavial alimenta-se de homens
alimenta-se de sua alma insone
do sem nome o canavial se alimenta
alimenta-se da fome do homem
da escrita anônima sem fontes
da paisagem branca sem ressonâncias
com suas leiras infinitas
alinhadas reentrâncias
labirintos de escombros

sob céu sem plumas
mais que um cão sem dono
em dia de sol monótono
sob céu sem nuvens sem sombras
canavial aqui é mar macabro
de monstros hediondos
marcado de ventos nortificantes

a paisagem nele tudo de passagem
só assombros são

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